Premissa:
Contudo,
algumas idéias me surgiram aos poucos. Era preciso expandir as práticas.
Deixá-las mais envolventes e atrativas, com mais poder de estímulo.
Enfrentávamos obstáculo difícil. Os pais dos alunos da EPSP eram funcionários
da Refinaria Presidente Bernardes – PETROBRÁS. Operários, muitos
semi-alfabetizados. Contudo, naquela época, os salários pagos pela PETROBRÁS eram
invejáveis. As vantagens sociais, muitas. Essa condição econômica dos pais
criou imagem falsa nos filhos: “Se meu pai não tem estudo e ganha bem, para que
eu tenho que estudar? Quando crescer, vou trabalhar na PETROBRÁS...” Esse o
grande desafio. Então, para que aqueles alunos tivessem mais motivações para o
estudo, para ler e escrever (esse o objetivo principal do Clube de Imprensa),
resolvi criar alguns exercícios com base em práticas teatrais adaptadas. Ou
seja, pesquisas e, por elas, criação de pequenas estórias. Tudo com liberdade
de criação. E em pequenos grupos. Essas estórias, por fim, eram apresentadas de
várias maneiras, para mim, entre elas a dramatização. Era o nascimento do
método TERV, um instrumento de educação e cultura, poderoso auxiliar na
formação da personalidade humana. Há 39
(trinta e nove) anos trabalho no aperfeiçoamento e na manutenção desse projeto.
De forma quase que individual. As provas históricas, fartamente documentadas,
encontram-se neste blog.
Acho que chegou a hora de buscar
parcerias para a disseminação do método. Afinal, SE
EU APRENDO ALGO DE BOM, DEVO ENSINÁ-LO ÀQUELE QUE AINDA NÃO O SABE...
Objetivos:
Selecionar
pessoas interessadas em liderar a instalação de cada Núcleo e prepará-las
adequadamente para as funções de Monitor(a) Pioneiro(a). A preparação do(a)
Monitor(a) Pioneiro(a) será feita por Roberto Villani, através do qual
ele passará toda a sua experiência. Essa preparação poderá ser feita com a
presença de Roberto Villani ou, em casos de inviabilidade, à distância, através
de meios que se possam disponibilizar na oportunidade.
Cabe
ao(à) Monitor(a) Pioneiro(a) estabelecer as bases iniciais da sua atuação (com
orientação de Roberto Villani), coordenando providências tais como estabelecer
local para as atividades do Núcleo, organização do(s) grupo(s) de crianças e
jovens que formarão o elenco básico do Núcleo etc.
Inicialmente,
o(a) próprio(a) Monitor(a) Pioneiro(a) coordenará todas as atividades do
Núcleo, como aulas, palestras etc. Entretanto, na medida em que os trabalhos
cresçam e comecem a exigir a multiplicação das tarefas, em cada Núcleo serão
instalados cursos para formação de Monitores, ou seja, pessoas que se
encarregarão de auxiliar na continuidade aos trabalhos. Esses cursos serão
ministrados pelo(a) Monitor(a) Pioneiro(a).
Cada
Núcleo deverá definir o seu Público-Alvo principal. Ou seja, quem? Alunos,
crianças e jovens da comunidade. Por que 'principal'? Porque cada aluno de
Teatro Educativo é um átomo da
Grande Célula. Ele será preparado para estender suas práticas e seus
conhecimentos àqueles que habitam creches, orfanatos e entidades assistenciais,
o público-alvo mais carente, na verdade também átomos
da mesma Célula. A integração desses átomos,
sabiamente orientada pelos Monitores, formam a essência do Teatro Educativo. Quem
assimila algo de bom transmite para quem tem poucas possibilidades de acesso ao
conhecimento.
Cronograma
das Atividades:
As
atividades de um Núcleo iniciam a partir das primeiras iniciativas do(a)
Monitor(a) Pioneiro(a). Na verdade, um Núcleo não terá prazos. As atividades
serão desenvolvidas na medida das possibilidades. Estabelecidas as bases, o
primeiro passo será a formação dos Monitores Pioneiros, através do curso “Didática
do Teatro Educativo”,. A partir daí, o
Núcleo passa a executar as tarefas às quais se propõe. Ou seja, a aplicação
sistemática das práticas do Teatro Educativo. Inicialmente, essas práticas
poderão ter o acompanhamento do Roberto Villani, conforme sua disponibilidade, se
requisitado pelos responsáveis de cada Núcleo
Orçamento
e Desembolsos do Projeto:
Custos
para manutenção do Núcleo:
Um
Núcleo não é dispendioso. Não requer caros custos de manutenção. As atividades
de Teatro Educativo utilizam os recursos próprios do meio ambiente de cada
Núcleo. A própria comunidade deve fornecer materiais básicos. E, em casos
excepcionais, pode patrocinar os custos de algum evento imprescindível ao bom
desempenho do Núcleo. Sempre que houver necessidades, deve o Núcleo buscar
recursos nas fontes empresariais da própria comunidade.
O
Projeto pode ter avaliação já a partir dos primeiros seis meses. A observação
do comportamento de cada criança, de cada jovem, em relação ao seu grupo
é fundamental. Notar-se-á dedicação ao seu grupo e interesse salutar às coisas
de sua comunidade. Notar-se-á maiores desprendimentos. Uma apreciação
empolgante às aulas de teatro educativo. Maior gosto pelo estudo. Pela promoção
conquistada através de esforço. Maior dedicação às tarefas da aprendizagem em geral. E uma
auto-avaliação mais aprimorada; maior confiança em si próprio. E o desejo de ser
aplaudido(a) pelo seu progresso. Se tudo isso acontecer no espaço de seis a
doze meses, então o Núcleo está perfeitamente de acordo com seus objetivos.
A
Divulgação do Projeto:
A divulgação deste Projeto se fará por todos os meios possíveis.
Todos aqueles que possuam recursos e/ou contatos com fontes jornalísticas,
radiofônicas e televisivas, ou ainda com instituições universitárias, escolares
e artísticas, são solicitados à gentileza de nos auxiliar.
Há muita coisa para ser feita neste mundo. Educar é a principal delas.
Descalvado, fevereiro de 2005.
Roberto
Villani
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